Demétrio, Igor, Helena, entre outros.
Conheça os moradores de rua da cidade de Paris
"Aqui você pode desfrutar de uma vista que muitos turistas gostariam de ter."
Demétrio tem um cigarro na mão e um ar contemplativo. "Mas eu não tenho
casa, nem família e nem trabalho aqui. A minha casa é esta barraca."
Demétrio, um slovaquio de 30 anos, dorme em uma tenda ao lado do rio mais famoso do mundo, o rio Sena, ja se passaram oito anos desde que ele deixou sua
antiga vida para trás por causa de problemas pessoais., que ele prefere não comentar. "Antes eu era
cabeleireiro. Hoje, eu apenas treino
minha antiga profissão com meus amigos ", disse ele, sorrindo. Ele não
pensa em voltar ao seu país. "Lá, tem um monte de viciados." Não está trabalhando
no momento, mas diz ja ter trabalhado
para empressas no ramo de construções civis. "Eu ainda quero encontrar um emprego, mas preciso primeiro obter uma carteira de identidade,
ou eu vou ser expulso. Na França, as pessoas são agradáveis, mas me falta um pouco de motivação.
Quando você dorme na rua, é difícil. Muita gente, vinda de diferentes países
chegam em busca de novas oportunidades.
Eles vem para ganhar a vida aqui e conseguem. Eu acho que tem pessoas que não tem este mesmo objetivo. Para
mim realmente é a escolha de cada um. Você pode conseguir um
trabalho se você quiser, mas isso depende de cada pessoa ".
Igor é companheiro de Demétrio e divide o mesmo
espaço. Ele está em Paris ha pouco mais de um ano. Conta que chegou na cidade motivado
por uma promessa de trabalho. Na
realidade em sua chegada ele não encontrou nenhum trabalho e ainda por cima teve sua bagagem roubada. Sem
perspectivas, ele acabou encontrando apoio junto a um grupo de poloneses que
vivem debaixo das pontes do rio Sena; onde ele compartilha seu dia a dia. Igor
ainda tem contato com sua família que permaneceu em seu pais de origem, mas por
enquanto, ele não pensa em retornar para casa.
Desde 2007, os cidadãos da UE podem livremente viver na França. Mas uma vez aqui, eles precisam obter uma permissão especial da prefeitura para trabalhar e o empregador deve pagar uma taxa. Devido a falta de renda suficiente, os imigrantes ilegais são devolvidos ao seu país de origem. Dos 29.000 estrangeiros que foram deportados em 2009, 8.000 eram ciganos. Uma maneira disfarçada de preencher as quotas para as deportações. A estes "voluntários" são atribuídos 300 euros por adulto e 100 euros por criança no âmbito da ajuda humanitária retorno. Antes de voltar tranquilamente para a França. "Há duas ou três viagens de ida e volta por ano", suspira um trabalhador social. O contato com esses migrantes é sempre difícil e quando são perguntados sobre a motivação do seu regresso a França, a história é quase sempre a mesma: a pobreza e a falta de oportunidades em seu país de origem.
O dia termina. Os escritórios e lojas baixam suas portas. A rua ganha cada vez mais movimento. Pessoas que circulam apressadas pelas ruas., outras saindo das padarias com baguetes quentinha, e algumas retornando para casa ao final da jornada. Na esperança de ser notada, uma pequena mão se eleva, é Elaine, que mendiga algumas moedas aos passantes. Ela vem de Bucareste, uma jovem comunicativa e simpatica que abandonou tudo para sair da miséria, como muitos de seus compatriotas que hoje perambulam pelas ruas da cidade Parisiense. Mendicância é a sua única fonte de renda diaria. Ela vive em Paris há cerca de três anos, e diz não ter domicilio fixo. Todos os dias, ela se desloca ao 15 º distrito, frente a uma loja de materiais, ela passa seu dia. Com uma expressão de cansaço e um sorriso meigo no rosto, ela se levanta para ir embora.Ja esta ficando tarde e as ruas não terão o mesmo movimento. Mendicância, uma prática questionável aos olhos daqueles que julgam a presença desses imigrantes no território francês.
Marco, um jovem de Bucareste também passa seus dias em frente a um supermercado para mendigar. Ele lamenta não trabalhar. Como lembrança, apenas algumas fotos de sua esposa e filhos. "Tudo que eu quero é trabalhar e ajudar minha família. Aqui, eu não encontrei trabalho. Eu não tenho uma carta de sejour, documento de identidade que da direito a qualquer cidadão europeu, ter o direito de trabalhar e viver legalmente no pais." Ele diz estar cansado da situação e não sabe para onde seguir.
Estes emigrantes sabem que não são bem-vindos e que a imagem deles na cidade não é boa. Eles sabem que muitos roubos na capital são cometidos por seus compatriotas, incluindo menores, e que por trás deles muitas vezes existe uma organização criminosa. É difícil separar o trigo do joio.
Estes não são imigrantes ilegais, mas eles permanecem isolados, desintegrados da sociedade. E, eles são muitos espalhados pela cidade. E podem ser encontrados principalmente nas estações de metrôs, em frente aos cafés e atrações turisticas. Há crianças, adolescentes, homens e mulheres. A maioria deles não têm perspectivas de emprego. Eles passam os dias implorando por algumas moedas, um olhar ou mesmo um simples Olá!
Desde 2007, os cidadãos da UE podem livremente viver na França. Mas uma vez aqui, eles precisam obter uma permissão especial da prefeitura para trabalhar e o empregador deve pagar uma taxa. Devido a falta de renda suficiente, os imigrantes ilegais são devolvidos ao seu país de origem. Dos 29.000 estrangeiros que foram deportados em 2009, 8.000 eram ciganos. Uma maneira disfarçada de preencher as quotas para as deportações. A estes "voluntários" são atribuídos 300 euros por adulto e 100 euros por criança no âmbito da ajuda humanitária retorno. Antes de voltar tranquilamente para a França. "Há duas ou três viagens de ida e volta por ano", suspira um trabalhador social. O contato com esses migrantes é sempre difícil e quando são perguntados sobre a motivação do seu regresso a França, a história é quase sempre a mesma: a pobreza e a falta de oportunidades em seu país de origem.
O dia termina. Os escritórios e lojas baixam suas portas. A rua ganha cada vez mais movimento. Pessoas que circulam apressadas pelas ruas., outras saindo das padarias com baguetes quentinha, e algumas retornando para casa ao final da jornada. Na esperança de ser notada, uma pequena mão se eleva, é Elaine, que mendiga algumas moedas aos passantes. Ela vem de Bucareste, uma jovem comunicativa e simpatica que abandonou tudo para sair da miséria, como muitos de seus compatriotas que hoje perambulam pelas ruas da cidade Parisiense. Mendicância é a sua única fonte de renda diaria. Ela vive em Paris há cerca de três anos, e diz não ter domicilio fixo. Todos os dias, ela se desloca ao 15 º distrito, frente a uma loja de materiais, ela passa seu dia. Com uma expressão de cansaço e um sorriso meigo no rosto, ela se levanta para ir embora.Ja esta ficando tarde e as ruas não terão o mesmo movimento. Mendicância, uma prática questionável aos olhos daqueles que julgam a presença desses imigrantes no território francês.
Marco, um jovem de Bucareste também passa seus dias em frente a um supermercado para mendigar. Ele lamenta não trabalhar. Como lembrança, apenas algumas fotos de sua esposa e filhos. "Tudo que eu quero é trabalhar e ajudar minha família. Aqui, eu não encontrei trabalho. Eu não tenho uma carta de sejour, documento de identidade que da direito a qualquer cidadão europeu, ter o direito de trabalhar e viver legalmente no pais." Ele diz estar cansado da situação e não sabe para onde seguir.
Estes emigrantes sabem que não são bem-vindos e que a imagem deles na cidade não é boa. Eles sabem que muitos roubos na capital são cometidos por seus compatriotas, incluindo menores, e que por trás deles muitas vezes existe uma organização criminosa. É difícil separar o trigo do joio.
Estes não são imigrantes ilegais, mas eles permanecem isolados, desintegrados da sociedade. E, eles são muitos espalhados pela cidade. E podem ser encontrados principalmente nas estações de metrôs, em frente aos cafés e atrações turisticas. Há crianças, adolescentes, homens e mulheres. A maioria deles não têm perspectivas de emprego. Eles passam os dias implorando por algumas moedas, um olhar ou mesmo um simples Olá!
Claudia Cândido